Comemorar a data do nascimento talvez seja o ritual mais antigo e mais querido praticado em todas as partes do mundo.
Na festa, bolo, doces, presentes têm significado especial.
Cada elemento reforça as conquistas do passado e reafirma a confiança no futuro.
Cantar parabéns, apagar velinhas, receber presentes, estar perto dos mais queridos. Assim, e de muitos outros jeitos, as diversas culturas celebram há milênios o momento do nascimento de algo ou alguém.
Final de um ciclo e começo de outro.
Nesta data é impossível não contemplar o período que passou e fazer projetos para o futuro. Essa é a alma do ritual de comemorar os aniversários, que em todas as partes do mundo, sejam os homenageados tenros bebês, sejam experientes velhinhos, sempre remetem ao momento do nascimento, ao sublime milagre da vida.
Repleto de significados, na festa de aniversário cada objeto ou guloseima tem papel especial. A chama da velinha acesa sobre o bolo se destaca.
Segundo a astrologia, o aniversário simboliza uma volta completa da Terra em torno do Sol, iniciada no dia, mês, ano e hora do nascimento de algo ou alguém: “Soprar a velinha significa um renascimento, um processo de morte do que foi superado e regeneração para o novo, uma reverencia à centelha do sol que iluminou o trajeto e que trará luz para começar um novo ciclo.”
“A cera, o pavio de barbante, o fogo e o ar que se unem na chama ardente, móvel e colorida, são eles próprios uma síntese dos elementos da natureza. Símbolo da vida ascendente, a vela é a alma dos aniversários. Tantas velas, tantos anos e tantas etapas no caminho da perfeição e da felicidade. Apagá-las de um único sopro manifesta persistência da vida superior a tudo aquilo que já foi vivido”, explica poeticamente o Dicionário dos Símbolos, de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (ed. José Olympio).
O bolo e os doces relacionam-se ao elemento terra e à vivacidade das sensações. Evocam a doçura da vida para o novo período e a superação de todas as mágoas do passado. Já os balões trazem o toque da alegria infantil e estão associados ao elemento ar, ao valor cósmico da vida. Segundo o mesmo livro, o ar instiga a alçar vôo. É a via de ligação entre céu e terra.
Para completar, presentes escolhidos com carinho para o aniversariante são a prova duradoura da inauguração de um novo ciclo.
Esse hábito é muito antigo e, originalmente, servia para atrair a proteção dos deuses e dos reis para que a abundância e a prosperidade abençoassem o homenageado.
Jeitos de celebrar
O aniversário ganha contornos solenes no Japão. Particularmente o de 40 anos porque o célebre mestre Confúcio dizia: “Aos 40 anos, já não me desviava do caminho.”
Na Espanha, muitos católicos trocam a data do aniversário para o mesmo dia do santo de devoção (geralmente aquele cujo nome corresponde ao seu de batismo ou então aquele ao qual foi dedicado).
Assim, um devoto de São João festeja seu nascimento no dia 24 de junho. Esse costume foi adotado pelo escritor carioca Paulo Coelho há quinze anos. Ele comemora seu aniversário no dia 19 de março, dia de são José, seu protetor.
Para os indianos, os aniversários não são comemorados todos os anos no mesmo dia, pois eles seguem o calendário lunar. Quem nasceu durante a lua nova de agosto ficará mais velho sempre nessa fase lunar desse mesmo mês. Na Índia, o nascimento é uma oportunidade de auto-realização e, por isso, deve ser celebrado. A especialista em astrologia védica Bernadeth Pombo, do Rio de Janeiro, resgata o significado dessa festa, válido também para os ocidentais: “Todos nós questionamos quem somos, de onde viemos, para onde vamos, o que estamos fazendo aqui. Segundo as escrituras sagradas indianas, nascer é ter chance de responder a essas questões e evoluir”.
"O dia de nosso aniversário é muito especial. Neste dia os portais se abrem para nós e todos os desejos sonhados se realizam mais facilmente. No seu aniversário acenda três velas da mesma cor e peça às criaturas da chama que levem seu desejo aos seres de luz. Faça isso a cada Ano."
Inferno Astral - O que é?
Mesmo quem não entende de Astrologia já usou o termo inferno astral, para explicar uma época difícil ou uma sucessão de eventos desagradáveis na vida. Criou-se o mito desconfortável de que o inferno astral é aquele período negro e azarado, quando nada dá certo e tudo e todos parecem conspirar para nossa ruína.Até em revistas de grande circulação e telejornais do horário nobre, se ouve dizer que determinado político está vivendo seu inferno astral. O fato é que, às vezes, preferimos culpar os céus ou o desconhecido por coisas que nós mesmos provocamos.
Mas afinal, o que significa inferno astral? Existe ou não existe?
O que a maioria das pessoas chama de inferno astral, na verdade, refere-se a um período que começa antes e termina após o aniversário, podendo durar até um mês mas não necessariamente todo o mês anterior ao aniversário.
O dia do aniversário é quando estamos concluindo mais um ciclo de vida para iniciar outro, e como é um fim, nossa energia está esgotada. Pense em um brinquedo com a bateria fraca, ou naquele joguinho de computador, onde se tem que ganhar uma nova vida para poder continuar jogando. Em razão dessa baixa de energia, não raro algumas pessoas, já debilitadas pela idade e/ou por doenças sucessivas ou crônicas, vem a falecer nesse período. É um período que começa vulnerável.
Quando o Sol retorna ao mesmo lugar que ocupava por ocasião do nascimento, completando sua revolução anual - no dia e hora do aniversário - o ciclo termina, e um novo ciclo é iniciado. Astrologicamente, esse período é conhecido como Revolução Solar, e a fase anterior ao momento de virada é a hora de fazer ajustes e se dispor a corrigir o rumo da vida onde necessário para poder prosseguir. Alguns chamam isso de hora do inventário moral.
O período anterior ao aniversário é da mesma natureza da décima segunda e última casa zodiacal, não importando o signo que a pessoa tenha na casa 12 de seu mapa pessoal, e é daí que vem a má fama do chamado inferno astral, pois a décima segunda casa astrológica é a mais misteriosa e difícil de todas, sendo associada às dificuldades de finalização e transcendência do Kárma.
Antigamente se dizia que era a casa dos inimigos ocultos, sofrimento, medo, isolamento e prisão. Atualmente, com uma crescente evolução espiritual da humanidade, se percebeu que é mais a casa do inconsciente, pessoal e coletivo, onde estão depositados os nossos piores medos e traumas, e também, guardados muitos talentos e potencialidades adormecidas. Na verdade, nosso pior inimigo, o mais difícil de vencer, somos nós mesmos. É o momento de rever nossa relação consigo mesmo.
A casa 12 significa o resultado de nossas batalhas pessoais e de nossas ações no final da jornada, a colheita do que semeamos ao longo de um ciclo, seja de um ano, ou de uma vida, o fruto de nossos esforços, para ser saboreado, e a semente, para que possa haver um novo ciclo, ou melhor, um renascimento.
Uma coisa é fato: esse período é realmente, vamos dizer, "esquisito". Parece que os projetos se arrastam, nossas idéias e mente ficam confusas, as pessoas não nos entendem, enfim, ficamos mais chateados, emburrados e pessimistas.
Claro que isso não acontece com todo mundo, mas já vamos descobrir porque.
A sua vida começará um novo ciclo solar, onde novos planos, pessoas e idéias vão aparecer. Sua consciência irá passar por um renascimento, e o período anterior a essas novidades pode ser um pouco confuso e doloroso, com seus valores e conceitos sendo invertidos para começarem nova vida. É natural nos sentirmos inseguros e desconfiados, com medo do que possa estar por vir.
Entretanto, existe uma alternativa bem simples. Otimismo e bom humor. A fé no futuro e em seus planos anula esse efeito furacão, e tudo o que você precisa é de um pouquinho de paciência e energia para começar esse novo ciclo.
É por isso que os otimistas e confiantes não sofrem tanto assim durante o período. Para ambos os casos, a nossa dica é fazer o seu mapa de trânsitos lentos, onde se analisam todos os aspectos importantes que guiarão sua vida no ciclo que se iniciará. Para aqueles que procuram uma orientação e não querem deixar essa oportunidade passar, o momento é agora. Afinal, quem é que precisa agüentar esse tal de inferno astral?
Carl G. Jung afirmou que, quando não estamos em contato consciente com o que nos acontece, tudo acaba nos parecendo obra do Destino, não reconhecemos nosso papel na sua manifestação, não nos sentimos responsáveis por nada; mas, se estivermos conscientemente em contato com nossa vida interior, teremos meios de compreender as fases de crescimento pessoal, enfrentá-las e usá-las como grandes oportunidades de desenvolvimento e transformação pessoal.
Por exemplo: Se uma pessoa muito apressada e impaciente, cai e quebra o pé, sendo obrigada a permanecer imobilizada por vários dias, deveria compreender que, realmente, precisa aprender a ser mais calma e paciente, e não, achar que foi falta de sorte ou trama do destino.
Para essas pessoas é que foi cunhada a expressão inferno astral, pois elas necessitam das dificuldades para acessar seu mundo interior, para parar e repensar suas vidas, afinal, mais um ciclo está terminando. Quanto se cresceu interiormente? Quais as metas a atingir no novo ano pessoal que vai se iniciar?
Portanto, se você costuma enfrentar acontecimentos difíceis no período anterior ao seu aniversário, é porque está necessitando fazer contato com o seu íntimo, com seu universo interior, voltar-se para dentro de si mesmo, crescer espiritualmente. Pergunte-se o que realizou, nesse sentido, durante o período que se encerra, e tome algumas resoluções para o período que se inicia, para que o Sol, ao completar mais uma volta, o encontre renovado, pronto para iniciar o novo ciclo cheio de disposição e vontade de aprender e evoluir, mais e mais, a cada dia.
Agindo assim, não será mais necessário passar por nenhum inferno astral, para obter a recompensa do auto-conhecimento.